Pessoal,
olhem só, eu achei esse texto bastante interessante...
..ele não é beem atual, já faz alguns dias que foi escrito.
Mas tem conteúdo...
O que diferencia um álbum de pop rock do outro? O estilo musical, massificado entre o meio cristão, pode parecer homogêneo atualmente, mas traz em sua história uma das melhores bandas e um dos melhores discos da história da música evangélica. Para entendê-los, entretanto, é preciso voltar um pouco mais no tempo.
Há exatos 20 anos, fundado por Toby McKeehan – ou Toby Mac – o trio americano decent Christian Talk (Conversa cristã decente) ou “dc Talk”, surgia no mercado como um dos pioneiros do rap na música gospel. Ao lado de Tait e Kevin Max, Toby compunha canções em estilo muito próximo ao de Will Smith, até então conhecido apenas como “The Fresh Prince” – nome do seriado que fez sucesso no Brasil.
Com roupas coloridas, arranjos de voz muito bem elaborados, cortes de cabelo (agora) vergonhosos e letras declaradamente evangélicas, o grupo alcançou rapidamente a paixão dos jovens americanos e o respeito da crítica. Dois álbuns foram lançados, sucesso garantido nas rádios. A carreira parecia garantida, mas os ventos da mudança sopravam na terra do Tio Sam.
A década de 90 foi fortemente marcada pelo grunge, movimento de rock alternativo encabeçado pelo Nirvana. Assim como no auge da rap music, as gravadoras agora buscavam artistas de qualidade no meio evangélico. Mais uma vez o dc Talk encarou o desafio. E surpreendeu pela competência.
Em 1992, o grupo lança “Free At Last”, primeiro álbum de rock da carreira. O disco teve aceitação rápida e, mais que isto, levou o Grammy de melhor álbum de rock gospel em 1993. Estava selado o título de melhor banda contemporânea aos meninos do dc Talk. O prêmio surtiu ótimos efeitos e em 1995 veio o disco que os lançou mundialmente: “Jesus Freak”.
Você pode ignorar o dc Talk, mas não pode negar sua influência na música cristã. O álbum de encarte marrom, com cara de envelhecido, chegou ao Brasil por volta de 1998, com três anos de atraso, mas seu efeito foi instantâneo. Fitas e fitas se espalharam rapidamente com cópias de canções como “Jesus Freak”, “So Help Me God”, "Colored People" e “In The Light”.
O álbum venceu dois Grammy's e trouxe à tona a frase “loucos por Jesus”. "O que as pessoas vão pensar quando ouvirem que sou louco por Jesus? O que as pessoas vão fazer quando descobrirem que é verdade? Eu realmente não me importo se me rotularem de louco por Jesus. Não há discussão de que esta é a verdade", versa a faixa-título do disco.
Em 1998, o dc Talk lançou “Supernatural”. Mais progressivo, o disco dividiu opiniões e mostrou que a sintonia entre os membros do grupo já não era a mesma. O trabalho, no entanto, continuava com o selo de qualidade da banda. Toby Mac, em entrevista concedida no site oficial da banda, define bem o que diferenciava as composições do dc Talk.
“Nós somos bem abertos sobre nossa fé cristã, mas quando fazemos gravações, queremos criar uma experiência musical que qualquer pessoa possa imergir nela. Uma de nossas metas é encorajar os ouvintes a se questionarem e procurarem a verdade”, reforça o líder do trio.
Após o lançamento de Supernatural – que possuía baladas, rock anos 60 e indie rock – o grupo americano realiza sua última turnê e publica a famigerada notícia: o dc Talk entrou em um hiato indeterminado. Desde então, nos últimos nove anos, o grupo se reuniu apenas cinco vezes e gravou apenas duas novas músicas, uma destas em homenagem às vítimas do 11 de setembro. Os indícios de um retorno, portanto, seguem cada vez mais distantes.
Para crer nisto, basta olhar os rumos tomados por cada integrante da banda. Toby Mac lançou cinco discos solo, ganhou um Grammy e se voltou totalmente ao rap rock, com pitadas de black music. Kevin Max emprestou seu timbre incomum de voz ao rock alternativo. Lançou quatro álbuns, mas acertou a mão em poucos. Soa como Beatles, com um pouco mais de agressividade.
Michael Tait, que era um dos nomes menos badalados do grupo, se manteve na linha do pop rock e se deu bem. Seu álbum “Lose This Life” – que lembra muito os últimos discos do U2 - ganhou notoriedade e lhe deu a oportunidade de integrar o famoso grupo Newsboys.
Para voltar ao mercado, o dc Talk precisará conciliar a evolução criativa de cada um de seus integrantes. Se conseguir um dia fundir rap, indie rock e pop rock, o grupo, sem dúvidas, voltará a ser uma das grandes referências da música gospel mundial – posto este que, provavelmente, nunca perderam.
-escrito por: Rafael Porto.
olhem só, eu achei esse texto bastante interessante...
..ele não é beem atual, já faz alguns dias que foi escrito.
Mas tem conteúdo...
O que diferencia um álbum de pop rock do outro? O estilo musical, massificado entre o meio cristão, pode parecer homogêneo atualmente, mas traz em sua história uma das melhores bandas e um dos melhores discos da história da música evangélica. Para entendê-los, entretanto, é preciso voltar um pouco mais no tempo.
Há exatos 20 anos, fundado por Toby McKeehan – ou Toby Mac – o trio americano decent Christian Talk (Conversa cristã decente) ou “dc Talk”, surgia no mercado como um dos pioneiros do rap na música gospel. Ao lado de Tait e Kevin Max, Toby compunha canções em estilo muito próximo ao de Will Smith, até então conhecido apenas como “The Fresh Prince” – nome do seriado que fez sucesso no Brasil.
Com roupas coloridas, arranjos de voz muito bem elaborados, cortes de cabelo (agora) vergonhosos e letras declaradamente evangélicas, o grupo alcançou rapidamente a paixão dos jovens americanos e o respeito da crítica. Dois álbuns foram lançados, sucesso garantido nas rádios. A carreira parecia garantida, mas os ventos da mudança sopravam na terra do Tio Sam.
A década de 90 foi fortemente marcada pelo grunge, movimento de rock alternativo encabeçado pelo Nirvana. Assim como no auge da rap music, as gravadoras agora buscavam artistas de qualidade no meio evangélico. Mais uma vez o dc Talk encarou o desafio. E surpreendeu pela competência.
Em 1992, o grupo lança “Free At Last”, primeiro álbum de rock da carreira. O disco teve aceitação rápida e, mais que isto, levou o Grammy de melhor álbum de rock gospel em 1993. Estava selado o título de melhor banda contemporânea aos meninos do dc Talk. O prêmio surtiu ótimos efeitos e em 1995 veio o disco que os lançou mundialmente: “Jesus Freak”.
Você pode ignorar o dc Talk, mas não pode negar sua influência na música cristã. O álbum de encarte marrom, com cara de envelhecido, chegou ao Brasil por volta de 1998, com três anos de atraso, mas seu efeito foi instantâneo. Fitas e fitas se espalharam rapidamente com cópias de canções como “Jesus Freak”, “So Help Me God”, "Colored People" e “In The Light”.
O álbum venceu dois Grammy's e trouxe à tona a frase “loucos por Jesus”. "O que as pessoas vão pensar quando ouvirem que sou louco por Jesus? O que as pessoas vão fazer quando descobrirem que é verdade? Eu realmente não me importo se me rotularem de louco por Jesus. Não há discussão de que esta é a verdade", versa a faixa-título do disco.
Em 1998, o dc Talk lançou “Supernatural”. Mais progressivo, o disco dividiu opiniões e mostrou que a sintonia entre os membros do grupo já não era a mesma. O trabalho, no entanto, continuava com o selo de qualidade da banda. Toby Mac, em entrevista concedida no site oficial da banda, define bem o que diferenciava as composições do dc Talk.
“Nós somos bem abertos sobre nossa fé cristã, mas quando fazemos gravações, queremos criar uma experiência musical que qualquer pessoa possa imergir nela. Uma de nossas metas é encorajar os ouvintes a se questionarem e procurarem a verdade”, reforça o líder do trio.
Após o lançamento de Supernatural – que possuía baladas, rock anos 60 e indie rock – o grupo americano realiza sua última turnê e publica a famigerada notícia: o dc Talk entrou em um hiato indeterminado. Desde então, nos últimos nove anos, o grupo se reuniu apenas cinco vezes e gravou apenas duas novas músicas, uma destas em homenagem às vítimas do 11 de setembro. Os indícios de um retorno, portanto, seguem cada vez mais distantes.
Para crer nisto, basta olhar os rumos tomados por cada integrante da banda. Toby Mac lançou cinco discos solo, ganhou um Grammy e se voltou totalmente ao rap rock, com pitadas de black music. Kevin Max emprestou seu timbre incomum de voz ao rock alternativo. Lançou quatro álbuns, mas acertou a mão em poucos. Soa como Beatles, com um pouco mais de agressividade.
Michael Tait, que era um dos nomes menos badalados do grupo, se manteve na linha do pop rock e se deu bem. Seu álbum “Lose This Life” – que lembra muito os últimos discos do U2 - ganhou notoriedade e lhe deu a oportunidade de integrar o famoso grupo Newsboys.
Para voltar ao mercado, o dc Talk precisará conciliar a evolução criativa de cada um de seus integrantes. Se conseguir um dia fundir rap, indie rock e pop rock, o grupo, sem dúvidas, voltará a ser uma das grandes referências da música gospel mundial – posto este que, provavelmente, nunca perderam.
-escrito por: Rafael Porto.
20 Anos de DC Talk...Congratulations!
3 comentários:
Ah, que legal!
Eu to ouvindo Jesus Freak bem agora. com certeza a melhor deles.
diz aí o que vai rolar em maio..
o som de In the Light é muito massa
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